Num dia desses, estava eu a recordar o passado, um tanto longínquo, que aos poucos se desvanece à ação lenta e contínua do tempo. E, aos poucos, fui mergulhando num mar de doces recordações pueris, alegres peraltices e não poucas imaginações. Neste revolver das minhas reminiscências senti-me assaz extasiado, imensamente contente por compreender que nada na vida é em vão vivido, podemos sempre trazer de volta os doces momentos vividos e, por que não, ao trazê-los de volta à flor da mente experienciarmos outra vez as alegrias e dores de outrora, certamente não com o mesmo sabor de novidade e incerteza que existe somente no instante presente, mas com aquele prazer de analisar e buscar entender qual eram as forças que nos moviam, quais sentimentos verdadeiramente nos agitavam e o que de fato acontecia. Ao passo que estas recordações vinham à tona em meu consciente, fui percebendo as alterações da vida, a meninice já um tanto esquecida, o espírito otimista e brincalhão que para tr...