Fulvio Denofre. Tecnologia do Blogger.
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Devaneio e Poesia

Presente, dádiva, vidas que se transformam.
Ver você assim tão pequeno, tão frágil,
me faz perceber o quanto ainda tenho a aprender;
não se trata aqui apenas de uma lição de humildade,
mas também de uma imersão em um universo de afetuosidade ainda não explorado.
Ver você assim tão inocente, tão adorável,
me assusta muito e me alegra imensamente,
fazendo-me, homem calejado, lacrimejar.
Você é tudo o que um dia sonhei,
meu mundo, meu homenzinho querido,
meu filho. 


maio 24, 2020 No Comments
Teodolinda, Leonor, Heloísa,
iluminuras de um passado descontente,
doutas mulheres de uma ímpar tessitura,
fazedoras de sonhos e sofrimentos.
Quisera eu viver provençais amores,
com seus êxtases, sais e olores.
Quisera poder me arrastar pelo mundo,
ungido por um amor premente,
dizendo a toda gente que culpado sou.
Ah, e pelo menos uma vez, ao som do alaúde,
contemplando tal formoso semblante,
conseguir me aproximar num rompante
e confessar meu anacrônico flagelo:
um amor cortês sem castelo.


maio 19, 2020 No Comments
Num rio que corre ao luar,
uma canção que jamais será ouvida.
Quando fecho os olhos,
iridescentes devaneios colorem toda a gris existência.
O Condor voa acima dos ciprestes, vales e montanhas,
perpassa com leveza o que antes era sofrimento e morte.
Reescrevo os próximos capítulos,
desfaço a hermenêutica vigente
e me descalço para seguir em frente.
Na dourada e sangrenta estrada de tijolos esquecidos,
ergo minha voz e canto:
amor, miséria e pranto.  


maio 10, 2020 No Comments
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