Só tive um vislumbre de você, quando parei de pensar apenas em mim mesmo, quando deixei que a vida me levasse por caminhos que antes nunca trilharia. Sinto agora em meu peito uma afeição crescente, uma vontade louca de estar sempre ao seu lado e de me perder, de uma vez por todas, no oceano sem fim do desejo. Não consigo colocar em palavras tudo aquilo que sinto, mas o pouco que consigo pôr no papel me traz tanto alívio. A sua ausência me corrói, destrói, me tira o chão, me faz em pedaços… E a sua presença me faz existir, resistir. E tento, mais uma vez, compor um outro final feliz para uma história ainda sem título, para mais um romance de folhetim.
Autor: Fulvio Denofre