Fulvio Denofre. Tecnologia do Blogger.
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Devaneio e Poesia

Deuses acima e abaixo

mistérios por toda parte

infernos pessoais

 

Colho um fruto da árvore do não-saber,

deleito-me na vacuidade de fátuos prazeres,

e acabo, por fim, vagando exausto em busca de algo que jamais terei.

 

Oh, Beleza, transitória e imutável,

que me fazes perder o chão,

eis-me aqui tremendo

feito um homem-menino

que nunca sabe dizer não.

 

Insatisfeito, rarefeito,

diluído em uma poça oceânica,

jogado aos pés do ocaso e do descaso;

preso, acorrentado,

sujo e ensanguentado;

vivo, triste e contente,

olhando o firmamento desolado.




abril 09, 2023 No Comments

Aqui está a minha vida,

talvez não a vivida,

mas a vida inventada,

emoldurada, transfigurada.

 

Busca constante por verossimilhança,

tentativa de soar o mais plausível possível,

de fazer do falso, verdadeiro,

do real, surreal.

Comboio de emoções não vividas,

mas também de dores excruciantes,

de sentimentos extasiantes.

 

Eu componho versos singelos,

escrevo sobre dragões e castelos,

sobre a vida e seus flagelos,

tudo isso tão somente para fortalecer os elos.




janeiro 22, 2022 No Comments

Versos que componho,

decomponho,

e que me rasgam a pele.

Versos, sim, dilacerantes,

delirantes,

que brotam dos rochedos,

dos ermos sítios da solidão.

Versos que gritam e se evaporam

na noite silenciosa do mundo.

E no baço espelho da vida,

uma estranha face,

uma quimérica imagem,

um vulto desesperançado.

Seja na frente ou no verso:

páginas e páginas cobertas por uma prosa antipoética cheia de rabiscos, vozes e palavras desconexas.




maio 18, 2021 No Comments
Bisões e visões de um passado distante
Vênus, Davi e Moisés
uma ceia, um sorriso
musas, ninfas e Madonas
uma moça com brinco de pérola
natureza, paisagens e Cafés
impressionantes realidades
explosão de cores
técnica, talento, labor
tempo derretido
Vida e Arte nas cerdas de um pincel
tela de memórias esmaecidas
sonhos de uma noite estrelada



janeiro 07, 2019 No Comments
Menos açúcar, por favor
escrevo, reescrevo, rasgo
Nas entrelinhas
tento suprir o que a minha
excessiva adjetivação não alcançou
Silêncio
mudo o que estava ancorado
contínua busca perdida da
vida, amor e arte
deriva

julho 16, 2016 No Comments
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