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Devaneio e Poesia

Dragões, espaçonaves, zumbis, vampiros, ciência, magia - podem colocar tudo o que quiserem na tela do cinema, só não se esqueçam, por favor, de contar uma boa história.
Hoje, os efeitos especiais, cada vez mais, tomam o espaço de um bom roteiro. Explosões, acontecimentos fantásticos e muita ação desenfreada estão, não sei se intencionalmente ou não, substituindo uma boa narrativa. As personagens, que antes eram o núcleo do filme, transformam-se muitas vezes em meros joguetes da trama, pois o que importa mesmo é mostrar a riqueza de um universo criado para conter a insanidade decorrente de duas horas ininterruptas de completa estupefação (ou puro tédio).
A imaginação sem limites e os efeitos especiais devem, sim, ser usados, mas da forma correta, como recursos narrativos, e não como fins em si mesmos. Não há nada de errado em querer ver mundos fantásticos, robôs gigantes, seres sobrenaturais ou raças alienígenas. O problema está em se esquecer que o que cativa realmente o público, para além da fantasia, são os dramas pessoais das personagens.
A arte deve ser sempre humanizadora, trazendo às pessoas experiências pelas quais já passaram, ou que (o que é mais provável) nunca venham a passar, mas que servem de pontes para a vida real. A magia do cinema não está só na sua capacidade evidente de nos fazer esquecer dos problemas diários, mas principalmente na sua relação direta com os dramas da vida.


dezembro 19, 2016 No Comments
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