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Mostrando postagens com o rótulo Ela

guerras secretas

Vestida para matar, ela cultiva a melancolia, a loucura, a ira, a Esperança Radioativa. Mesmo vagando por um mundo de conformismo e falta de imaginação, nada a impede de fazer o que quer, de ser simplesmente sonho, desejo, realidade.

Luz e Vida

Converso com as estrelas, tento entrar em contato com o Todo, com tudo aquilo que existe, até comigo mesma. Busco a quintessência da vida, o mistério oculto do ser, a bondade que perpassa cada ser vivo. Contemplo a natureza e sussurro o nome dos passarinhos. Ouço o murmúrio do vento e me perco em devaneios e sonhos. Sei que não sou nada, sei que sou brisa que passa, mas mesmo assim brilho, brilho com intensidade; quero ser farol, luz, vida.  

O descaso não é obra do acaso

– Estou com medo de sofrer! – digo, exasperada. – Mas você já está sofrendo! – ouço como resposta. – Quero deixar de me importar tanto – rebato. – Como assim!? Você quer parar de se importar com quem não se importa com você? – Pelo menos assim eu me sentiria um pouco melhor – respondo. – Converse, diga para ele tudo o que lhe incomoda. Veja se ainda existe uma chance, uma saída. E, sobretudo, valorize-se! Seja importante primeiramente para si mesma.  

Mulher

Ser de alguém como uma coisa descartável ou posse malcuidada de um avaro autointitulado dono Ser de ninguém ou  daquele que der o maior lance um  produto do descaso a passar de mão em mão sem horizonte Ser de si mesma construindo o próprio caminho tendo a liberdade de errar doando-se apenas quando quiser Ser... Mulher

A Possuída

Devassamente me entrego ao homem que tanto cobicei Submeto minhas curvas a todos os seus caprichos, Vassala do meu próprio tesão Perdida nessa cama vazia Entre lençóis úmidos, sujos Com forte cheiro de suor e desejo insaciável Planejo o próximo gozo Não me venha com esse olhar reprovador! Conheço bem o seu puritanismo Não me prendo a ninguém, furtiva que sou Quero arder apenas, arder com intensidade.

diálogo cotidiano

Vem aqui, senta-te ao meu lado, por favor, e fala-me a respeito de tuas incoerências. Eu sou uma boa ouvinte, não me escapa uma só palavra. Sei que o que dizes não é bem aquilo que queres dizer, mas por que tantos circunlóquios, tanta hipocrisia... Ah, é tão comovente a falsidade com que nos acariciamos dia após dia. Eu não protesto, tu sabes muito bem, nem ao menos me contraponho à tua iniquidade. Aliás, sou feita da mesma matéria obscena da qual fostes inventado. Eu não te odeio e, no entanto, não aprendi a te amar. Sinto muitas vezes que fomos feitos um para o outro, como se isso fizesse algum sentido. Estou cansada; v ou retirar-me. Não se esqueça de colocar o lixo na rua. Boa noite!

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