Fulvio Denofre. Tecnologia do Blogger.
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Devaneio e Poesia

Só tive um vislumbre de você,

quando parei de pensar apenas em mim mesmo,

quando deixei que a vida me levasse por caminhos que antes nunca trilharia.

 

Sinto agora em meu peito uma afeição crescente, uma vontade louca de estar sempre ao seu lado e de me perder, de uma vez por todas, no oceano sem fim do desejo.

 

Não consigo colocar em palavras tudo aquilo que sinto,

mas o pouco que consigo pôr no papel me traz tanto alívio.

 

A sua ausência me corrói,

destrói, me tira o chão,

me faz em pedaços…

E a sua presença me faz existir,

resistir.

 

E tento, mais uma vez, compor um outro final feliz

para uma história ainda sem título,

para mais um romance de folhetim.




setembro 26, 2023 No Comments

Tua face dourada ao sol da campina;

és remanso, orvalho, neblina.

***

No relvado florido de sonhos ilhados,

cultivas desejos e jogas os dados.

***

Talvez tenhas apenas uma vontade:

ser a luz para além da idade.




maio 07, 2023 No Comments

Palavras ao vento, perdidas no tempo;

resquícios e relíquias

de almas que não se encontram,

de vidas que não se cruzam.

Palavras de desalento e desencanto,

ferinas, amargas,

sinônimas de cicatriz, dor e pranto.

Palavras sussurradas ao pé do ouvido,

com carinho e cuidado,

que reverberam nos sedentos corações.

Palavras secretas, inconfessáveis,

guardadas a sete chaves.

Palavras de gratidão e prece,

inaudíveis, transcendentes.

Palavras e seus significados semânticos

e românticos.

Palavras: Caos e Silêncio.




maio 26, 2021 No Comments

Um banco, uma praça,

em uma tarde dourada,

eis que te vejo do nada,

com luz, perfume e graça.

***

Uma memória emoldurada:

uma conversa que enlaça;

pássaros a fazer arruaça;

vida, sinais e uma nova florada.

***

De tudo, o que fica é a saudade,

que cresce sempre à tardinha,

lânguida, contida e evanescente.

***

Cresci nesta simpática cidade,

– com sua grama bem cortadinha –,

contemplando o mesmo sol poente.




maio 16, 2021 No Comments

Quero escrever um poeminha à toa,

um poeminha vagabundo,

desses que não dizem nada,

que estão aí só por estar,

sem pretensão alguma,

sem razão de ser:

– Que poeminha bom é estar junto a você! –





maio 08, 2021 No Comments

Quero encher o seu cabelo de flores,

fazer do meu empedernido coração

um quê de louvor e prece;

diante da relva molhada,

quem sabe numa manhã emoldurada,

transladar argênteo sonho,

jovial e alvissareiro,

para o mundo cá em baixo;

ouvir sua voz edulcorada,

sentir seus dedos deslizando suavemente,

ousadamente...

***

Uma doce sensação, mistério e paixão;

eco renitente de uma antiga (e sempre nova) rima.




novembro 15, 2020 No Comments
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