Fulvio Denofre. Tecnologia do Blogger.
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Devaneio e Poesia

Não quero cantar o fim da poesia

Meu coração nômade tudo destrói

É como uma segunda natureza,

algo imprudente e descontrolado

Estou cheio de verdades nunca ditas,

de fiascos iminentes

Há medo e pedras afiadas sob meus pés

Cada passo é mais um passo rumo a um lugar sem nome

Toda respiração é uma breve subida à superfície sem fim de tudo.




outubro 13, 2024 No Comments

Eu ainda respiro

porque estás aqui.

Não sei o que eu…

Nem quero pensar nisso.

Tudo o que eu preciso é dizer teu nome,

ouvir teus passos lentos vindo em minha direção

e sentir teu toque delicado em meu rosto.

 

Penso tão pouco hoje em dia.

Não perco mais tempo com discussões inúteis,

com argumentações intermináveis.

Não quero estar certo o tempo todo,

quero apenas ter um pouco de paz

e ver todas as coisas como elas realmente são.

 

Não há muito o que eu possa fazer

para resolver todos os problemas do mundo;

há tanta indignação e ódio por todos os lados.

 

Tento sentir de tudo um pouco,

tento não ser indiferente,

mas parece que me falta alguma coisa, sempre.

 

A vida é o que é;

e que bom que estás aqui.




novembro 15, 2023 No Comments

Fico irritado sobremaneira,

depois a nuvem passa.

O problema era outro:

não ver além da vidraça.

***

Tenho uma doce devoção

pela flor que se desfaz;

mas queria ser poesia eterna,

e não apenas um verso tão fugaz.

***

Mesmo sendo nuvens passageiras,

ousamos ser mais do que antes;

ser a união de corpos e corações,

ser o puro delírio dos amantes.




agosto 23, 2023 No Comments

Uma febre sem razão,

uma oração sussurrada,

um delicado desejo

de falar e ser finalmente ouvido,

de amar e não ser julgado,

um não sei quê de força descomunal.

***

Estrelas queimando em um cosmos de um vazio infinito;

pessoas e planetas vagando, aparentemente, sem nenhuma direção;

vidas que se perdem em si mesmas, alheias ao brilho da poesia e da flor.

***

Campos vazios e homens calados;

tempos de ira, ressentimento e desamor.

***

E bem lá no fundo, coberto pelas cinzas do atraso,

uma vontade perene,

uma chama que não se extingue,

um mundo prestes a ser redescoberto.




agosto 22, 2023 No Comments

Esqueço as palavras

e quase perco os sentidos.

Não sei mais o que faço,

só sei que vivo nas entrelinhas,

perdido, fora de compasso.

Trago comigo, simplesmente,

esperanças de nanossegundos,

náufragos devaneios de éons

e o absurdo divino do presente instante.

Quero ver através de olhos alheios,

quero me perder na infinitude de coisas que desconheço

e, mais uma vez, sentir o chão sob meus pés.

Não há nada a ser dito, lido ou proclamado,

nenhuma canção, ruído, som,

apenas o silêncio etéreo de bombas que nunca explodirão.



agosto 17, 2023 No Comments

Um dia eu pensei que estava certo.

Ledo engano; sempre estive errado,

e continuo errado…

e errando.

Errarei até o fim.

Talvez, até mesmo depois.




julho 16, 2023 No Comments
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