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Minúcias

A delicadeza silenciosa dos teus olhos A roupa jogada num canto O livro deixado aberto na escrivaninha Um perfume adocicado no ar Um aroma antigo que desperta uma memória Uma memória que me convida a ousar O álbum de fotos sobre a mesa O tempo reencontrado ao mergulhar a madeleine no chá O relógio antigo na parede rajada pelo tempo Flores perdidas que ainda procuram um lar Vidas apegadas a detalhes mínimos Minúcias que alteram todo o caminho

Fino Amor

Teodolinda, Leonor, Heloísa,
iluminuras de um passado descontente,
doutas mulheres de uma ímpar tessitura,
fazedoras de sonhos e sofrimentos.
Quisera eu viver provençais amores,
com seus êxtases, sais e olores.
Quisera poder me arrastar pelo mundo,
ungido por um amor premente,
dizendo a toda gente que culpado sou.
Ah, e, pelo menos uma vez, ao som do alaúde,
contemplando tal formoso semblante,
conseguir me aproximar num rompante
e confessar meu anacrônico flagelo:
um amor cortês sem castelo.


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