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Descobertas

Tuva, tuvendo, tuvão palavras aladas, cheias de encanto, vindas de um pequeno que descobre a magia de um mundo com dobradiças, botões, roldanas, alavancas, válvulas, interruptores  e engrenagens. Maravilhado com novas palavras, com seus sons e porquês. Atento a tudo o que move:  pássaros, formigas, pirilampos e lagartixas; a tudo o que brilha, e ao que não brilha também, como cores, espelhos, lanternas, chinelos, panelas e pedrinhas. Uma novidade diferente a cada passinho; um catavento de imaginação e alegria.

Fino Amor

Teodolinda, Leonor, Heloísa,
iluminuras de um passado descontente,
doutas mulheres de uma ímpar tessitura,
fazedoras de sonhos e sofrimentos.
Quisera eu viver provençais amores,
com seus êxtases, sais e olores.
Quisera poder me arrastar pelo mundo,
ungido por um amor premente,
dizendo a toda gente que culpado sou.
Ah, e, pelo menos uma vez, ao som do alaúde,
contemplando tal formoso semblante,
conseguir me aproximar num rompante
e confessar meu anacrônico flagelo:
um amor cortês sem castelo.


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