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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Relicário

Palavras ao vento, perdidas no tempo;
resquícios e relíquias
de almas que não se encontram,
de vidas que não se cruzam.

Palavras de desalento e desencanto,
ferinas, amargas,
sinônimas de cicatriz, dor e pranto.

Palavras sussurradas ao pé do ouvido,
com carinho e cuidado,
que reverberam nos sedentos corações.

Palavras secretas, inconfessáveis,
guardadas a sete chaves.

Palavras de gratidão e prece,
inaudíveis, transcendentes.

Palavras e seus significados semânticos
e românticos.

Palavras: Caos, Poesia e Silêncio.



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