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Constatação

Eis-me aqui de novo, com meus versos de botequim, com minha arte chinfrim, fazendo uma rima assim: ruim. Não sou boêmio. Sou abstêmio. Talvez, se eu bebesse um pouco, ou muito, conseguiria viver sem Poesia. Não sei, só sei que sempre fui assim: perdido e ensimesmado. Canto porque canto, e bota desafinação nisso! Ué, todos já foram embora? Por que estão apagando a luz? Meu nome não é José, nem Raimundo, e não carrego em minhas mãos o sentimento do mundo. Sou o que fiz de mim mesmo, e isso não é humildade, muito menos autoelogio, ou depreciação.

Relicário

Palavras ao vento, perdidas no tempo;
resquícios e relíquias
de almas que não se encontram,
de vidas que não se cruzam.

Palavras de desalento e desencanto,
ferinas, amargas,
sinônimas de cicatriz, dor e pranto.

Palavras sussurradas ao pé do ouvido,
com carinho e cuidado,
que reverberam nos sedentos corações.

Palavras secretas, inconfessáveis,
guardadas a sete chaves.

Palavras de gratidão e prece,
inaudíveis, transcendentes.

Palavras e seus significados semânticos
e românticos.

Palavras: Caos, Poesia e Silêncio.



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