Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Um pouco mais de poesia

A vida pode ser mais do que isso
— mais do que dores e cansaço,
mais do que política e descaso.
Há de haver um compromisso,
uma vontade de fazer diferente,
de não ser como toda essa gente
que só faz o que é preciso.
Está mais do que na hora
de vivenciar a poesia
— esta linda ave canora —
à luz de um novo dia,
longe da atual apatia.
                 ***
E, para além das palavras:
um aroma doce e suave,
uma canção sempiterna
e um desejo de encontro.



Comentários

Compartilhe:

Sugestões para você

Carregando sugestões...