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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Escriba moderno

Tabuletas de argila,
pergaminhos esquecidos,
códices medievais,
livros impressos,
eis um mundo redescoberto.

Jornais, revistas, panfletos;
uma profusão de palavras e significados.
Bits e bytes, blogs e redes – acesso instantâneo;
o leitor transubstanciado em autor,
uma democracia conturbada.
– Como cansa tudo isso!

Ah, os clássicos, um acesso ao passado,
uma luz para o futuro.


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