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Momentos difíceis

Quase morri! Tá, isso é um tanto exagerado. Vamos reformular. Não cheguei perto de morrer literalmente, mas a simples possibilidade — à luz do que vivi — já foi o bastante para me assustar. Mas posso afirmar, sem hesitação, que algumas coisas morreram dentro de mim: certezas, inseguranças e, inclusive, muitos medos, pois o medo maior que temos já estava à espreita, rondando, se esgueirando sorrateiramente, sem que eu pudesse fazer nada. Pois bem, não morri, pelo menos não ainda, mesmo porque, caso contrário, não estaria agora escrevendo estas palavras. Se você me perguntar se eu aprendi alguma coisa com tudo isso, se me tornei uma pessoa melhor, mais sábia, daí eu não terei como lhe dar nenhuma resposta; só o tempo dirá. Talvez eu tenha aprendido uma ou outra coisinha, como, por exemplo, que estar saudável é muito melhor do que estar doente, que estar vivo é muito melhor do que a outra opção. Minha intenção não é fazer uma reflexão aprofundada sobre o tema, mas sim ter aqui uma convers...

Farol das Desilusões

Eu soube desde muito cedo que estava sozinho,
nunca me enganei quanto a isso.
Aliás, eu me enganei quanto a muitas outras coisas,
me iludi constantemente,
procurando conforto onde não havia,
inventando uma falsa luz que faria da noite dia.
Tudo foi em vão, ilusão, fantasmagoria;
hoje vivo em um alheamento consciente,
se assim posso chamá-lo,
que me faz olhar para o mundo com mais serenidade.
Se tudo é mesmo tempo perdido,
um ir-se ao vento sem propósito,
que ao menos façamos aquilo que mais nos apetece,
e que a nossa loucura seja então um ato autodirigido,
um ato último de coragem.  


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