Ninguém assistiu à morte de seu último afeto, ninguém presenciou o vazio que devassa toda a sua alma; tudo se perdeu aos poucos, sem audiência, sem que você mesmo percebesse. Você caminha agora a esmo, com o olhar cheio de vacuidades, com um sorriso autômato no semblante. Você vive uma vida desamante , de momentos opacos, de horizontes inalcançáveis... Você vê demais! Percebe, pois, o tecido feito de pequenas e grandes ilusões que perpassa toda a existência.
Autor: Fulvio Denofre