Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

Momentos difíceis

Quase morri! Tá, isso é um tanto exagerado. Vamos reformular. Não cheguei perto de morrer literalmente, mas a simples possibilidade — à luz do que vivi — já foi o bastante para me assustar. Mas posso afirmar, sem hesitação, que algumas coisas morreram dentro de mim: certezas, inseguranças e, inclusive, muitos medos, pois o medo maior que temos já estava à espreita, rondando, se esgueirando sorrateiramente, sem que eu pudesse fazer nada. Pois bem, não morri, pelo menos não ainda, mesmo porque, caso contrário, não estaria agora escrevendo estas palavras. Se você me perguntar se eu aprendi alguma coisa com tudo isso, se me tornei uma pessoa melhor, mais sábia, daí eu não terei como lhe dar nenhuma resposta; só o tempo dirá. Talvez eu tenha aprendido uma ou outra coisinha, como, por exemplo, que estar saudável é muito melhor do que estar doente, que estar vivo é muito melhor do que a outra opção. Minha intenção não é fazer uma reflexão aprofundada sobre o tema, mas sim ter aqui uma convers...

À procura de um poema

Às vezes rimo, às vezes não rimo,
e logo depois me vejo correndo descalço pelos campos da meninice,
afagando sonhos e versos,
polinizando amorosas flores.

Aos meus pés, uma planta pequenina,
frágil como tudo aquilo que há de mais bonito nesta vida,
que cresce, cresce, cresce
e se torna árvore sem medo,
em cuja sombra me calo e envelheço.

À noite, quando os pássaros voltam aos seus ninhos,
quando o frio se faz presente,
tento recordar uma velha cantiga de viver;
e eis que o tempo, a vida, tudo, de repente, se transformam em água,
salobra, calma, lúcida;
e eu, pobre criança mergulhada no mistério,
me transubstancio também em Mar Absoluto.



Comentários

Compartilhe:

Sugestões para você

Carregando sugestões...