Fulvio Denofre. Tecnologia do Blogger.
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Devaneio e Poesia

desaprendendo tudo aquilo que aprendi na escola
duvidando finalmente da minha razão infalível
descrendo das muitas coisas que vi e vivi

O mundo não é mais o de outrora...

Atravesso um jardim de rosas e cactos,
aprecio a beleza triste e singular que emana
de um mundo circundante no qual sou
apenas um transeunte cego e desavisado.


julho 17, 2016 No Comments
Menos açúcar, por favor
escrevo, reescrevo, rasgo
Nas entrelinhas
tento suprir o que a minha
excessiva adjetivação não alcançou
Silêncio
mudo o que estava ancorado
contínua busca perdida da
vida, amor e arte
deriva

julho 16, 2016 No Comments
Um dia desses, eu pego você e acabo com essa sua mise-en-scène. Sairei com certeza todo arranhado mas contente. Abandonarei o fio de Ariadne para me perder definitivamente no labirinto insondável do seu coração. E nada mais de artimanhas e precipitações, minha felina ferina. Previsão do tempo para amanhã: “Choverá sobre o nosso amor.”
L.

julho 16, 2016 No Comments
Procuro desesperadamente no site de busca e apreensão; não acho nenhuma resposta que me prenda. Desencano. Parto pra outra. O sossego não dura muito. De repente, estou de volta à mesma cela de sempre. Não me faço de rogado, planejo a minha última e mais extraordinária fuga. Todos ficam atônitos. Mais uma vez escapo com brilhantismo do brilho cortante dos teus olhos. Mas não se preocupe, nos veremos outras vezes.


julho 14, 2016 No Comments
É um legítimo caso de urucubaca, chikungunya, ziquizira. Aleluia! Está chovendo... chovendo utopias. Sem querer tropeçamos de repente no futuro, tudo parecia tão promissor, tão primeiro-mundista... O sonho acabou, John, e agora? Eis que acordamos com ramela nos olhos, dor de cabeça e – olhando para o lado – em má companhia.




julho 13, 2016 No Comments
O Brasil se autodescobrirá no dia em que descobrir que na verdade não sabia praticamente nada sobre si mesmo.


julho 12, 2016 No Comments
Fugindo de mim mesmo, corro até tropeçar numa pedra. Percebo então que todos os caminhos me levam de volta àquele mesmo lugar. O telefone toca mas eu nem ligo, sigo em frente. São 6h15. Aurora se aproxima e me pega pela mão. Atravesso com ela a Via Ápia. A cidade aberta está logo ali… Olho no espelho e vejo Amor rindo de mim.


julho 11, 2016 No Comments
Labores monocromáticos
Suor, repetição, fadiga
Massa corpórea
A l o n g a m e n t o s
Gente fina, endorfina
Vida, saúde, bem-estar
Ah, e muita, muita caloria.

Contador de calorias

julho 10, 2016 No Comments
Não crer na possibilidade de que algo se concretize pode nos levar à não realização de algo que poderia ou não se realizar. Jogo um dado… dois… Me escondo embaixo da mesa; canto uma canção que faz serenar trovões e tempestades. Mão forte… Full House… Retruco, mas a casa está vazia. Bingo!


julho 10, 2016 No Comments
Silêncio...
Uma casa vazia...
Vários cômodos inexplorados...
Algumas luzes atravessam estreitas janelas;
ouço alguns ruídos esparsos.
Não há nenhuma porta.
Tento descobrir o que se passa lá fora,
e, com as poucas informações que obtenho,
rascunho o meu próprio universo.


junho 29, 2016 No Comments
Se eu for muito profundo e sincero, eu te assustarei.
Se eu for superficial, nunca nos conheceremos.

O melhor caminho é o progressivo e paulatino;
um segredo de cada vez, uma revelação após a outra.
Assim o encanto da descoberta durará mais,
e os sustos, evidentemente, serão menores.

Sempre, por mais que desvelemos o próximo,
haverá uma zona impermeável e desconhecida,
um recôndito lugar onde nunca poderemos adentrar;
o outro continuará a ser para nós um eterno e fascinante mistério.


junho 26, 2016 No Comments
A garota do colégio...
A moça do supermercado...
A estagiária no Japão...
Poderia ser qualquer pessoa.

De repente, como num passe de mágica,
alguém se destaca na multidão,
e o ordinário se torna especial,
vital até.

Entretanto, neste caso,
não foi o outro que mudou,
mas sim o nosso olhar.


junho 18, 2016 No Comments
Nem de Dirceu, nem de Tomás,
nem du Bocage…

Marília mudou; os tempos mudaram.
Ela pode agora fazer suas próprias escolhas,
ser aquilo que quiser.
Marília é um universo;
Marília é independente;
Marília é uma mulher.
Despida do ideal e dos devaneios da paixão,
ela é um ser que possui vícios e virtudes,
que comete erros e acertos,
que se apaixona, sofre e se arrepende.

... Marília – agora e para sempre –
de si mesma, e de mais ninguém.


junho 11, 2016 No Comments
De tudo, de todas as coisas da vida, me restou apenas você, oh, minha inseparável e agridoce amiga. Você sempre esteve ao meu lado nos bons e nos maus momentos. A nossa relação, que a princípio foi marcada por um forte sentimento de repulsa, agora se reveste de uma cumplicidade diáfana; hoje em dia, nos entendemos tão bem. Somos indissociáveis, reflexos de um mesmo ser; você está em mim, e um dia – num futuro quiçá distante – eu estarei inteiramente com você.


junho 03, 2016 No Comments
O tempo depura o olhar,
aclara a razão,
ameniza as tempestades.

Aquilo que parecia complicado
mostra-se simples;
o que parecia espinhoso
se suaviza.

O desespero passa;
a calmaria abraça;
o amor abrasa;
a jornada continua.

O mundo aos nossos olhos,
aos poucos, se transforma.
A vida não se torna nem pior nem melhor,
apenas um pouco mais suportável.


junho 01, 2016 No Comments
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