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Um olhar: “Devaneio e Poesia”

Sim. Eu tenho aquela mania irritante de insistir em poesia, mesmo que ninguém leia, mesmo que o poema fique melhor na intenção do que na finalização, mesmo que o tempo insista em apagar meus versos com sua força delicada e intransigente. Sim, eu sou teimoso e não desisto. Muitas vezes, insistindo demais naquilo que não merecia tanto cuidado, ou que deveria ser deixado por prudência, de lado. Sim, eu tenho sido ultimamente errático, inquieto e distante; porém meus versos, insistentemente, me trazem de volta ao presente instante. Fico sempre pensando quando é que um poema termina, se é que realmente termina. Depois de tantos retoques, correções e reviravoltas, ele pode estar fechado para mim, mas aberto e indefinido para quem o acolhe com carinho. Nota do autor Este texto nasce da insistência — não como teimosia cega, mas como gesto de permanência. Um olhar sobre o processo, o tempo e o lugar da poesia quando ela deixa de ser apenas minha e passa a habitar quem a lê.

Infelicidade

Uma ânsia maldita por perder-se em alguém, encontrando assim algo que tenha algum brilho, mesmo que parco, em meio a um mundo opaco de afetos. Uma ânsia maldita que habita o âmago de minhas trevas, que permeia toda a aridez desta alma sedenta por qualquer resquício de algo que minimamente me transcenda. Uma vida como um eterno caminhar sem sentido, com pés ensanguentados, até o lúgubre abismo. Uma vida como um grito de agonia silencioso que nunca será ouvido.   


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