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Momentos

Penso em você todos os dias,
sonho com você todas as noites,
você está no ar que eu respiro,
na brisa suave que me acaricia o rosto
e, sobretudo, na realidade por trás de toda esta magia.
                                                                                         
A noite estrelada não tem o mesmo encanto
quando contemplo o céu sozinho;
muito menos o sol é tão radiante
quanto nos dias em que passo ao seu lado.

Em meus devaneios adolescentes edifiquei um castelo de nuvens,
e agora tenho medo, medo de aceitar que tudo na vida é efêmero
e que talvez o amor seja só uma miragem.

Mas o que seria da vida se não houvesse mistérios?
Somos tão inteligentes a ponto de quase tudo desvendar,
mas geralmente nos esquecemos das coisas mais importantes.
O essencial é saber extrair, no meio das atribulações da vida,
as doces e pequenas alegrias, que apenas são percebidas por aqueles
que conseguem ultrapassar as fronteiras do seu próprio mundo.


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A vida pode ser mais do que isso, mais do que dores e cansaço, mais do que política e descaso. Há de haver um compromisso, uma vontade de fazer diferente, de não ser como toda essa gente que só faz o que é preciso. Está mais do que na hora de vivenciar a poesia, esta  linda ave canora , à luz do dia a dia. E para além das palavras, um aroma doce e suave, uma canção sempiterna e um desejo de encontro.

Relicário

Palavras ao vento, perdidas no tempo; resquícios e relíquias de almas que não se encontram, de vidas que não se cruzam. Palavras de desalento e desencanto, ferinas, amargas, sinônimas de cicatriz, dor e pranto. Palavras sussurradas ao pé do ouvido, com carinho e cuidado, que reverberam nos sedentos corações. Palavras secretas, inconfessáveis, guardadas a sete chaves. Palavras de gratidão e prece, inaudíveis, transcendentes. Palavras e seus significados semânticos e românticos. Palavras: Caos e Silêncio.

Casa vazia

É o fim. É o fim de tudo, eu sei. Quando eu voltar, você não estará mais lá; casa vazia, coração em pranto, e nas mãos o açoite da realidade. Eu me arrastarei por entre cômodos e incômodos, calado, ouvindo palavras que você nunca disse, tentando, em vão, me iludir. Nas estantes, livros cheios de traços e traças; nas paredes, fotografias em preto e branco. As gavetas estarão vazias, a cama estará desarrumada, minha vida, desaprumada. O tempo começará a desmoronar, e eu me sentirei despatriado, perdido dentro de mim, caminhando rumo a lugar nenhum.