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Devaneio e Poesia

Sim, sou eu,
eu sou o Grande Fingidor,
fingindo que o meu coração é seu,
fingindo que tudo está bem,
fazendo do mundo o meu palco,
buscando sempre novas paragens.
***
Eu sou
tão líquido quanto a modernidade,
tão real e absurdo quanto a vida,
tão obsessivo e irracional quanto o ser.
Prisioneiro que sou da liberdade,
chego a acreditar em tudo,
até mesmo no amor.
***
Sou, enfim, o grande ressentido,
o falso altruísta, o grande demagogo.
Sou a verborragia desvairada e pedante,
a piedade não piedosa e a incongruência.
***
Sou porque percebo o Tempo e contemplo o Nada.


setembro 09, 2016 No Comments
Mirando o espelho, vejo, aterrado, a minha própria deterioração. Vislumbro então o esboço de um futuro nada promissor, e, de uma forma quase que instintiva, percorro o meu passado em busca de algo um pouco mais acolhedor. Regresso, pois, ao precioso momento em que achei que tivesse me encontrado finalmente comigo mesmo diante da presença de uma pessoa que me era, naquela época, muito querida; sussurro as palavras: fique comigo, não me abandone; sim, tudo agora está envolto nas brumas inexoráveis do tempo.


setembro 09, 2016 No Comments
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