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Mostrando postagens de março, 2018

Evanescente

O que nasce, o que medra, o que fenece; tudo está circunscrito no tempo, tudo é frágil, limitado, efêmero. Estações que se sucedem; precipícios que se avizinham. O medo da aniquilação, do regresso ao nada, intensifica os prazeres do agora. Na natureza selvagem, junto com outros animais, o animal homem constrói seu refúgio, cria seu próprio mundo e inventa outras tantas possibilidades.

Dissolução

Não existe nada mais constante do que a inconstância. Hoje vejo. Amanhã não vejo. O que parecia eterno se dissolve aos poucos. Eu miro outra vez teu conhecido semblante e a única coisa que enxergo são lembranças. Dia após dia... Ano após ano... Partidas, encontros; idas e vindas. Ergo-me mais uma vez e prossigo.

Impermanência

O açoite da desesperança assola o mundo dos vivos, dilacerando sonhos, fantasias e expectativas. Cravado no coração das trevas, um mistério sepulcral se esconde. No umbral último, a seguinte inscrição: “Abandonai, vós que entrais, aqui toda a esperança.” Nove círculos de agonia, dor e sofrimento. A alma como um leito seco de rio Uma angústia silenciosa e crescente Um passo em falso abismo

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