Bento e
abençoado seja o fruto do seu ventre. Materno – e eterno – é a vontade de fazer
deste pequeno um mundo formado por um mosaico de memórias passadas e futuras, por
cheiros e choros, brincadeiras e descobertas. Longa espera, semana após semana,
que logo chegará ao fim. Fim que será começo; eis a renovação da vida, pacote
completo de alegrias, anseios e expectativas, tudo envolto na delicadeza de um
amor incomparável. Novas preocupações, definitivamente um outro momento; canções
de ninar, primeiros passos, vida e celebração.
Invólucro, carapaça, casca; o que há por baixo, aquilo que inspira, (respira), aquilo que é, não há quem — por mais que tente — toque, veja, sinta, alcance. Mistério escondido à vista de todos; melodia inefável e silenciosa; flor que nasce, cresce e fenece em meio à floresta intocada, sem que ninguém saiba. Sopro, névoa, revoada… Luz que não se vê; segredos oceânicos; território fora de alcance, jamais por outro pisado.

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