Bento e
abençoado seja o fruto do seu ventre. Materno – e eterno – é a vontade de fazer
deste pequeno um mundo formado por um mosaico de memórias passadas e futuras, por
cheiros e choros, brincadeiras e descobertas. Longa espera, semana após semana,
que logo chegará ao fim. Fim que será começo; eis a renovação da vida, pacote
completo de alegrias, anseios e expectativas, tudo envolto na delicadeza de um
amor incomparável. Novas preocupações, definitivamente um outro momento; canções
de ninar, primeiros passos, vida e celebração.
Floresce o dia nos jardins da insensatez; espinhoso é o caminho que conduz à sanidade. Loucura e sonho tecem enredos desconexos; bifurcações me levam para todos os lados. Sorvo uma taça de otimismo que me amarga a boca; vendo sonhos, à vista e a prazo. Tento recuperar o fôlego, corrigir erros passados. Quero, de uma vez por todas, silenciar o caos. Quero gritar, a plenos pulmões, o silêncio.

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