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Ah, Poetisa!

Ah, Poetisa, que, com seus versos sinceros, me arranha a pele e a vida; que, com seu olhar, me desnuda, me vira do avesso; que, com seu toque delicado, com suas carícias, me faz recomeço. Por que me faz viver assim: tão perto de você e tão longe de mim? Ah, Poetisa, cada travessia contigo é uma descoberta geológica; cada dia, uma estação; e cada verso ritmado, cada gesto de ternura, um rio caudaloso que me atravessa e me arrasta ao mar sem fim que é você.

Passo a passo

Eu ainda respiro

porque estás aqui.

Não sei o que eu…

Nem quero pensar nisso.

Tudo o que eu preciso é dizer teu nome,

ouvir teus passos lentos vindo em minha direção

e sentir teu toque delicado em meu rosto.


Penso tão pouco hoje em dia.

Não perco mais tempo com discussões inúteis,

com argumentações intermináveis.

Não quero estar certo o tempo todo,

quero apenas ter um pouco de paz

e ver todas as coisas como elas realmente são.


Não há muito o que eu possa fazer

para resolver todos os problemas do mundo;

há tanta indignação e ódio por todos os lados.


Tento sentir de tudo um pouco,

tento não ser indiferente,

mas parece que me falta alguma coisa, sempre.


A vida é o que é;

e que bom que estás aqui.




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