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Minúcias

A delicadeza silenciosa dos teus olhos A roupa jogada num canto O livro deixado aberto na escrivaninha Um perfume adocicado no ar Um aroma antigo que desperta uma memória Uma memória que me convida a ousar O álbum de fotos sobre a mesa O tempo reencontrado ao mergulhar a madeleine no chá O relógio antigo na parede rajada pelo tempo Flores perdidas que ainda procuram um lar Vidas apegadas a detalhes mínimos Minúcias que alteram todo o caminho

desleixo

Esqueço as palavras

e quase perco os sentidos.

Não sei mais o que faço,

só sei que vivo nas entrelinhas,

perdido, fora de compasso.

Trago comigo, simplesmente,

esperanças de nanossegundos,

náufragos devaneios de éons

e o absurdo divino do presente instante.

Quero ver através de olhos alheios,

quero me perder na infinitude de coisas que desconheço

e, mais uma vez, sentir o chão sob meus pés.

Não há nada a ser dito, lido ou proclamado,

nenhuma canção, ruído, som,

apenas o silêncio etéreo de bombas que nunca explodirão.



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