Descalço o homem repisa o chão já cansado. Um caminho se lhe apresenta: continuar, - mas como? - se seus pés maltratados imploram por um oásis, um refrigério, um sonho-ilusão, vida-doce-canção. Marginalmente esquecido, necessita reaprender a olhar, desapegar-se da dolce vita que tanto sonhara para poder viver a experiência, ao mesmo tempo aterrorizante e esplêndida, da realidade. Numa confluência inesperada, mundos distintos: - o racionalismo totalizante da vida; - o escapismo transcendente da imaterialidade. Mais do nunca é preciso reinventar-se.
Autor: Fulvio Denofre