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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

O degelo do Tempo

Gota a gota e calmamente, um iceberg de potencialidades perde a sua suposta solidez, liquefazendo-se no presente. Nada é capaz de deter tal processo; o aquecimento é inevitável. Fica então aqui a nossa única certeza: o líquido que aos poucos se derrama deve ser muito bem aproveitado; a água do degelo formará um rio, e este rio, por consequência, desaguará na vastidão oceânica.

Os bons costumes morreram... de anemia.

O que nos diferencia dos outros animais não é somente a nossa habilidade cognitiva, a nossa racionalidade, mas também – e principalmente – a capacidade que temos de fazer coisas que vão na direção contrária de nossos impulsos naturais mais básicos e primitivos. É muito importante que as pessoas sejam boas, contudo, como bem sabemos, essa não é a regra; sucumbimos muitas vezes a instintos nada civilizados. Precisamos, portanto, de um conjunto de valores nos quais possamos nos orientar. Precisamos saber que existem limites. Precisamos valorizar os bons costumes e também a boa educação, que, assim como as virtudes, não nos são inatas; devemos continuamente reforçá-las em nossa rotina diária para que nos tornemos, com a prática, pessoas melhores. No entanto, há aqui uma obviedade: tudo aquilo que não é ensinado não nasce, tudo aquilo que não é cuidado não cresce, não se desenvolve. E assim de anemia morre o rebento moral que, infelizmente, mesmo que não definhe no nascedouro, poucas chan...

Monarca

Repleta de letícia plena, em meio a um jardim de flores caprichosas, ela borboleteia serena entre lírios e rosas, gerânios e begônias, hortênsias e bromélias, violetas e tulipas, cravos e orquídeas. No Jardim da Criação, ela é a Monarca, aquela das majestosas asas douradas. Borboleta-monarca (Danaus plexippus)

Liberdade

O passarinho voa, atravessa porteira, riacho, estrada e monte, chegando onde bem queira, sem ter quem o confronte. Livre, seu canto entoa, e despreocupado rápido anuncia, no belo verde prado, majestosa alegria. Longe, numa lagoa, descansa calmamente; precisa forte estar: quer mostrar o que sente, quer alcançar o mar.

Lastro

Homero, Safo, Anacreonte, Virgílio, Horácio, Ovídio, Dante, Petrarca e o grã Camões, Juntos, cantando edificaram, Com engenho e arte, novo Reino Que pioneira senda abriu Aos que, seguindo sumo exemplo, Nobre arte ao mundo anunciaram. Tal legado só foi possível Porque não perderam o lastro; Só se pode o novo singrar Com um bom, velho e firme mastro. “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes.” (Isaac Newton)

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