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Mostrando postagens de abril, 2016

Norte

Sem um norte, sem uma direção, sem um sentido, a nossa vida já é morte, morte em vida.

Em busca do tempo perdido

No retrovisor da memória, vejo fragmentos, vestígios, tristes sombras de outrora. Sinto o arrefecimento progressivo das partes que não conseguem mais formar um todo; percebo, a contragosto, o lento desmoronamento daquilo que julgava um grande arcabouço. Busco reconstituir imagens e lembranças, reviver sentimentos, sabores e sensações... Tudo rapidamente se desmancha ao meu toque; a fumaça do chá quente, afetos, reminiscências e norte.

Hiato

Átomos, matéria, vácuo, planetas, sóis, galáxias... Uma eternidade transcorre sem que ninguém perceba nada. Piscadelas rápidas de seres sencientes; um brilho pálido de inteligência. Brevemente, neste ledo instante, um universo de possibilidades incríveis se descortina para logo depois se esconder em outra eternidade. Átomos, matéria, vácuo, planetas, sóis, galáxias...

O que queremos?

Queremos nos apaixonar. Queremos viver para sempre. Queremos, sobretudo, ser felizes. Queremos evitar os sofrimentos, as dores e as doenças. Queremos ter sempre aqueles que amamos ao nosso lado. Queremos que todas as nossas vontades sejam satisfeitas. Queremos os nossos amigos sempre por perto. Queremos um mundo melhor... Queremos tudo; no entanto, obtemos tão pouco. Entre sonhos fugidios e desilusões, diante da fugacidade da vida, precisamos rever nossos conceitos, aceitar nossas limitações. É valorizando aquilo que temos, lutando honestamente por aquilo que sonhamos, que encontraremos a felicidade possível.

O Homem Sem Convicções

Evolução, involução, degenerescência; eis que surge uma nova espécie: o Homo camaleonicus. Descendente direto do Homo politicus, ele se adapta facilmente a quase todos os habitats , principalmente os mais moralmente insalubres. Homem de variadas cores e matizes; homem sem escrúpulos nem pudores; homem sem virtudes, valores e princípios. Alguns alegam que tal espécie de homem sempre existiu; no entanto, esse não é o problema essencial, o mais preocupante é a sua altíssima taxa de reprodução.

Normalissimamente

Fora das normas e dos padrões, invento a minha própria normatividade. Sou um insensato entre os sãos, e um são entre os insensatos. Sou um expatriado de pátria alguma; um viandante sincero, caminhando rumo ao ermo descampado; alguém que procura aquilo que nunca será encontrado.

Valparaíso

Sentir pela última vez o pacífico oceano; alcançar, desta feita, a ilha pascoal; mirar o vasto, infinito horizonte. Muitos caminhos, muitas possibilidades; tantas agruras e desventuras; esperanças, amizades, amores e desencontros. O nosso tempo é finito; nossa jornada, efêmera. Contemplando o inominável, sob uma brisa suave, descanso despreocupadamente.

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