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Momentos difíceis

Quase morri! Tá, isso é um tanto exagerado. Vamos reformular. Não cheguei perto de morrer literalmente, mas a simples possibilidade — à luz do que vivi — já foi o bastante para me assustar. Mas posso afirmar, sem hesitação, que algumas coisas morreram dentro de mim: certezas, inseguranças e, inclusive, muitos medos, pois o medo maior que temos já estava à espreita, rondando, se esgueirando sorrateiramente, sem que eu pudesse fazer nada. Pois bem, não morri, pelo menos não ainda, mesmo porque, caso contrário, não estaria agora escrevendo estas palavras. Se você me perguntar se eu aprendi alguma coisa com tudo isso, se me tornei uma pessoa melhor, mais sábia, daí eu não terei como lhe dar nenhuma resposta; só o tempo dirá. Talvez eu tenha aprendido uma ou outra coisinha, como, por exemplo, que estar saudável é muito melhor do que estar doente, que estar vivo é muito melhor do que a outra opção. Minha intenção não é fazer uma reflexão aprofundada sobre o tema, mas sim ter aqui uma convers...

Opacidade

Nos confins inexplorados do Universo,
uma improvável lágrima se forma;
a diminuta partícula, ao longo de bilhões e bilhões de anos,
vai agregando massa e adquirindo velocidade.
Muitos veem tal fenômeno como um sinal de esperança:
“Deus finalmente está ouvindo nossas preces!”
Outros, por sua vez, predizem o fim catastrófico da Terra:
“Já era chegada a hora de encerrarmos essa nossa medíocre perambulação.”
Os cientistas, como sempre, não chegam a nenhum consenso.
O anúncio da rápida e eminente aproximação do estranho corpo celeste cria um grande alvoroço.
Todos querem vê-lo.
No entanto, para decepção geral, ele vira à direita em Saturno, perdendo-se distraidamente na escuridão do espaço.



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