Fulvio Denofre. Tecnologia do Blogger.
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Devaneio e Poesia

Contínuo rastejar rumo ao Nada.
Petrificante sensação de agonia.
Paradoxos de uma vida desgraçada.
Pútrido ar que impregna e asfixia.
Rima rica, frase feita, parco horizonte...
Amores, trabalho, família, ah, nem me conte!
Tempestade que aos poucos se avizinha;
Calmaria após tudo para a alma pobrezinha. 

novembro 30, 2018 No Comments
Seguir apressadamente pelo caminho da insensatez...
Perder-se dentro de alguém em busca de si mesmo...
Fazer desta vida algo melhor do que ela realmente é...
Laivos de ternura, sonhos de verão, ciprestes e amargura.
Um porto amigo, um lugar onde enfim repousar;
ali, algures perto do coração selvagem,
algo acontece, surgindo inopinadamente,
somente para um dia,  sem nenhuma explicação,
desaparecer nas brumas da tempo. 

novembro 25, 2018 No Comments
Às vezes, sou efusivo e caudaloso;
às vezes, frio, calado, indiferente.
Tenho a solidão por companheira
e o sol da ilusão como farol.
Não sou tantos quanto queria
nem sou aquilo que sonhara.
Proscrito de mim mesmo,
a vagar sem horizonte,
sou o vislumbre sem viço de outrora,
sou um turvo despertar hora após hora.


novembro 22, 2018 No Comments
Perdido no caminho que me leva à loucura,
eis que a encontro, candente e bela;
não é um poço de ternura,
mas sabe resolver toda querela.

Sua ausência é sempre logo percebida,
pois altera as cores por onde passa.
Tem um quê de “trem desgovernado”;
só que nunca descarrila, tudo enlaça!

Regressa sem prévio aviso;
parte quando quer.
Caminha nos astros, distraída...
Ah, quem pode com tal mulher!


novembro 19, 2018 No Comments
Entre as flores que vicejam em ledo prado,
atrás de muros que nada protegem,
lá, longe de tudo, em meio à proteção que eu mesmo inventara,
olho atentamente para tudo e não sinto nada.
Começo então a correr e a todo custo tento fugir de mim mesmo.
Depois de algum tempo encontro uma cerca, casas, uma realidade.
Pulo a cerca, respiro fundo, observo atentamente as casas;
rachaduras, sofrimentos, risos, vidas entrelaçadas.
Uma forte chuva começa a cair e, cansado,
deito-me na relva molhada.
Depois de algum tempo, tudo volta ao normal.
No céu, entre nuvens que se dispersam,
há um brilho, um calor, uma dádiva.


novembro 18, 2018 No Comments
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