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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Alinhavando e tergiversando e seguindo a pulsão...

Não, não somos todos iguais, você queira ou não.
Oh, quanta chatice e atraso em uma única fórmula:
“Fazer acontecer!”
Tudo vira militância, tudo agora é motivo para mobilização.
Dizem sempre que o mundo precisa ser salvo...
– Quanta pretensão!

O mundo já existia antes de você,
e continuará existindo por muito tempo ainda, com ou sem você.
Não há nenhum problema em tentar melhorar o mundo,
o problema é você achar que tem a solução ideal para tudo.
Saia de casa, mas antes arrume o seu quarto, é claro!,
e respire o ar da manhã.

O mundo está para além das ideologias.
Cultivemos, pois, o nosso jardim! 


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