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Mostrando postagens de novembro, 2020

Relvado

Quero encher o seu cabelo de flores, fazer do meu empedernido coração um quê de louvor e prece; diante da relva molhada, quem sabe numa manhã emoldurada, transladar argênteo sonho, jovial e alvissareiro, para o mundo cá em baixo; ouvir sua voz edulcorada, sentir seus dedos deslizando suavemente, ousadamente... *** Uma doce sensação, mistério e paixão; eco renitente de uma antiga (e sempre nova) rima.

Inflexão

Nos rios da Babilônia, às margens do Sena, no Rubicão, Ipiranga, ou mesmo no córrego aqui da vila, um sentimento de efêmera eternidade, de um não retorno: ponto de inflexão. Eis o fim das grandes ideias, das grades que ocultam flores, de um tempo que se apaga pouco a pouco. A revolução acabou, o sonho definhou, (todos já foram guilhotinados) e no jogo do poder já se entrevê a ascensão de um novo déspota. Por todos os lados, até onde a vista alcança, milhares e milhares de estátuas de sal.

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