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Constatação

Eis-me aqui de novo, com meus versos de botequim, com minha arte chinfrim, fazendo uma rima assim: ruim. Não sou boêmio. Sou abstêmio. Talvez, se eu bebesse um pouco, ou muito, conseguiria viver sem Poesia. Não sei, só sei que sempre fui assim: perdido e ensimesmado. Canto porque canto, e bota desafinação nisso! Ué, todos já foram embora? Por que estão apagando a luz? Meu nome não é José, nem Raimundo, e não carrego em minhas mãos o sentimento do mundo. Sou o que fiz de mim mesmo, e isso não é humildade, muito menos autoelogio, ou depreciação.

Vislumbre

Só tive um vislumbre de você,
quando parei de pensar apenas em mim mesmo,
quando deixei que a vida me levasse por caminhos que antes nunca trilharia.

Sinto agora em meu peito uma afeição crescente, uma vontade louca de estar sempre ao seu lado e de me perder, de uma vez por todas, no oceano sem fim do desejo.

Não consigo colocar em palavras tudo aquilo que sinto,
mas o pouco que consigo pôr no papel me traz tanto alívio.

A sua ausência me corrói,
destrói, me tira o chão,
me faz em pedaços…
E a sua presença me faz existir,
resistir.

E tento, mais uma vez, compor um outro final feliz
para uma história ainda sem título,
para mais um romance de folhetim.



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