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Aquilo que não se explica

Desperto na brisa primeira do dia, onde meu nome ondula, vai e volta como mar ancestral. A luz desliza em mim feito prece, murmúrio, algo que não se explica — apenas pousa. No peito, um véu de bruma suaviza arestas, reacende ecos, orvalha o que em mim ainda floresce. E, enquanto o mundo respira baixo, escrevo: não para deter o tempo, mas para ouvi-lo enquanto passa.

Petrichor

Cheiro de terra molhada,

de café bem quentinho,

de uma vida bem vivida,

de ternos e tenros amores.

***

Paixões que não se explicam,

como flores que apenas desabrocham,

secretamente,

no bosque dos afetos inconfessos.

***

E caminho descalço,

sem nenhuma pressa,

de volta ao meu lar,

sabendo

que vicejante é o desejo

que nos conduz

até a serena idade.




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