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Um olhar: “Devaneio e Poesia”

Sim. Eu tenho aquela mania irritante de insistir em poesia, mesmo que ninguém leia, mesmo que o poema fique melhor na intenção do que na finalização, mesmo que o tempo insista em apagar meus versos com sua força delicada e intransigente. Sim, eu sou teimoso e não desisto. Muitas vezes, insistindo demais naquilo que não merecia tanto cuidado, ou que deveria ser deixado por prudência, de lado. Sim, eu tenho sido ultimamente errático, inquieto e distante; porém meus versos, insistentemente, me trazem de volta ao presente instante. Fico sempre pensando quando é que um poema termina, se é que realmente termina. Depois de tantos retoques, correções e reviravoltas, ele pode estar fechado para mim, mas aberto e indefinido para quem o acolhe com carinho. Nota do autor Este texto nasce da insistência — não como teimosia cega, mas como gesto de permanência. Um olhar sobre o processo, o tempo e o lugar da poesia quando ela deixa de ser apenas minha e passa a habitar quem a lê.

Cantarolando

Tudo é tão estranho:
a vida e seus mistérios,
o amor e toda a dor,
estar aqui e não mais te ver.

Tudo é tão mágico
e, ao mesmo tempo,
inquietante.

E tudo muda tão rapidamente...

Não sei se grito ou me calo,
se deito ou me levanto.
Sei que canto, sozinho,
no meu cantinho,
e o que sai da minha boca
é quase um murmúrio,
um sussurro ritmado.



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