Toda palavra costuma ter um sentido, um significado — mas não para nós, pelo menos não de início, quando a ouvimos pela primeira vez. É com o tempo, com seu uso contínuo, que passamos a nos acostumar a ela, a nos afeiçoar e a fazer dela uma amiga fiel do nosso vocabulário. Da estranheza, chegamos à familiaridade. E, muitas vezes, como comumente acontece, até ao amor.
Eis-me aqui: rolando o feed sem parar, curtindo vídeos curtos, vendo fotos incríveis, semeando likes e dislikes . Eis-me aqui: sem saber o que dizer, vivendo arrastado por correntes subterrâneas e êxtases fugazes. Eis-me aqui: correndo de um canto a outro com uma pressa desvairada, fazendo tudo ao mesmo tempo, sonhando alto com todas as promissoras possibilidades. E, contudo, entretanto, todavia... eis aqui o meu porém.

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