Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

Momentos difíceis

Quase morri! Tá, isso é um tanto exagerado. Vamos reformular. Não cheguei perto de morrer literalmente, mas a simples possibilidade — à luz do que vivi — já foi o bastante para me assustar. Mas posso afirmar, sem hesitação, que algumas coisas morreram dentro de mim: certezas, inseguranças e, inclusive, muitos medos, pois o medo maior que temos já estava à espreita, rondando, se esgueirando sorrateiramente, sem que eu pudesse fazer nada. Pois bem, não morri, pelo menos não ainda, mesmo porque, caso contrário, não estaria agora escrevendo estas palavras. Se você me perguntar se eu aprendi alguma coisa com tudo isso, se me tornei uma pessoa melhor, mais sábia, daí eu não terei como lhe dar nenhuma resposta; só o tempo dirá. Talvez eu tenha aprendido uma ou outra coisinha, como, por exemplo, que estar saudável é muito melhor do que estar doente, que estar vivo é muito melhor do que a outra opção. Minha intenção não é fazer uma reflexão aprofundada sobre o tema, mas sim ter aqui uma convers...

Oblívio

Há um tênue fio que une todas as coisas vivas,

e há também um quê de empatia e amor que facilmente se dissolve,

seja por pura inconsistência humana ou pela simples ação do tempo;

transformações contínuas que nos levam para longe de nós mesmos,

que nos fazem estranhos, loucos, habitando um velho e mesmo invólucro.

Aquilo que parecia ser feito para durar por toda uma vida,

aquilo que nunca se dissiparia

– nem mesmo quando os últimos poetas caminhassem por ruas desertas –,

mostra-se falível, frágil e evanescente.

Muitas vezes uma sensação absurda começa a crescer dentro do peito,

uma vontade de acabar com tudo,

um desejo secreto de esquecer e ser esquecido;

e outras tantas vezes uma estranha vontade de resistir,

de dançar descalço à beira do abismo,

brota com uma força imensa, incontrolável.




Comentários

Compartilhe:

Sugestões para você

Carregando sugestões...