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Momentos difíceis

Quase morri! Tá, isso é um tanto exagerado. Vamos reformular. Não cheguei perto de morrer literalmente, mas a simples possibilidade — à luz do que vivi — já foi o bastante para me assustar. Mas posso afirmar, sem hesitação, que algumas coisas morreram dentro de mim: certezas, inseguranças e, inclusive, muitos medos, pois o medo maior que temos já estava à espreita, rondando, se esgueirando sorrateiramente, sem que eu pudesse fazer nada. Pois bem, não morri, pelo menos não ainda, mesmo porque, caso contrário, não estaria agora escrevendo estas palavras. Se você me perguntar se eu aprendi alguma coisa com tudo isso, se me tornei uma pessoa melhor, mais sábia, daí eu não terei como lhe dar nenhuma resposta; só o tempo dirá. Talvez eu tenha aprendido uma ou outra coisinha, como, por exemplo, que estar saudável é muito melhor do que estar doente, que estar vivo é muito melhor do que a outra opção. Minha intenção não é fazer uma reflexão aprofundada sobre o tema, mas sim ter aqui uma convers...

Os pequenos sufocamentos do dia a dia

Taça de cristal despedaçada,

flores murchas,

móveis empoeirados,

enfim, imagens do que restou.

***

Eu mal consigo sentir qualquer gosto ou odor,

e o ar ao meu redor parece rarefeito e indiferente;

ah, os pequenos sufocamentos do dia a dia.

***

Tento outra vez atravessar uma parede de ressentimentos e falta de amor.

***

Espero um mais pouco,

olho para todos os lados,

e sinto a brisa suave da manhã em meu rosto,

o cheiro da primavera em flor.

***

O futuro não se mostra excitante,

e o passado ruge como uma fugidia e capciosa lembrança.

Tento não pensar em nada

– sei que sou poeira ao vento –;

quero apenas fincar os meus pés no possível, no palpável. 




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