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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Randomicidade

Nada, absolutamente nada, antes ou depois. No meio, dor e amor imensos. Sem pátria nem cátedra, apenas láudano e pântano. Vapores translúcidos e sóis multicolores onde garotos e garotas bonitas vagam, perdidos. Um sulco aberto na alma, um vazio preexistente e, no mais, pura aleatoriedade.

Compondo versos

Aqui está a minha vida, talvez não a vivida, mas a vida inventada, emoldurada, transfigurada.   Busca constante por verossimilhança, tentativa de soar o mais plausível possível, de fazer do falso, verdadeiro, do real, surreal. Comboio de emoções não vividas, mas também de dores excruciantes, de sentimentos extasiantes.   Eu componho versos singelos, escrevo sobre dragões e castelos, sobre a vida e seus flagelos, tudo isso tão somente para fortalecer os elos.

A Estrada da Desolação

O passado parece irrelevante, e a minha mente vaga no além-horizonte. Fragmentos de uma possível existência, caminhos bifurcados e incompreensíveis, ledos enganos que nos empurram para frente, mas nenhuma seta ou indicação. Meus pés sangram à beira do caminho, e mais uma tempestade se aproxima; preciso continuar, não posso desistir, mesmo não tendo para onde ir.

Janeiro

Janeiro – quente e chuvoso –, que sempre quer mais, que nunca se satisfaz. Lânguidas tardes que não terminam; pessoas que não dizem nada de interessante. Tédio nas noites modorrentas. O céu está mais uma vez carregado de nuvens escuras, e aqui dentro também está escuro. Chuvas torrenciais, alagamentos, dilúvio.

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