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Poesia Indie

É tão difícil expressar aquilo que sinto de forma natural;

há sempre um excesso,

uma vontade de fingir que estou realmente em casa.

Palavras são misteriosas, mágicas, e muitas vezes tendenciosas, eu sei.

Mas quero falar agora sem medo, sem rodeios.

Bem, faz algum tempo que não lhe vejo,

gostaria muito que você estivesse aqui.

Os dias continuam iguais,

uns mais frios, outros mais quentes, nada fora do normal.

Há uma tristeza que me abate em certas horas,

uma insônia que me persegue em algumas noites,

mas, não se preocupe,

não há nada que o tempo não resolva.

E como você está?

Espero que esteja bem.

Lembre-se: um sorriso alivia tanta dor.

Beleza no mundo é o que não falta.

Talvez falte mesmo é um pouco mais de discernimento, paciência, contemplação.

Isso mesmo, observar mais e falar menos,

caminhar e estar atento a tudo o que vive e viceja à nossa volta.





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Relicário

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É o fim. É o fim de tudo, eu sei. Quando eu voltar, você não estará mais lá; casa vazia, coração em pranto, e nas mãos o açoite da realidade. Eu me arrastarei por entre cômodos e incômodos, calado, ouvindo palavras que você nunca disse, tentando, em vão, me iludir. Nas estantes, livros cheios de traços e traças; nas paredes, fotografias em preto e branco. As gavetas estarão vazias, a cama estará desarrumada, minha vida, desaprumada. O tempo começará a desmoronar, e eu me sentirei despatriado, perdido dentro de mim, caminhando rumo a lugar nenhum.