A taça se estilhaçou, só sobraram palavras vazias, cacos pequeninos de uma história que se desfez. Na pressa de limpar, de virar a página, acabei cortando o dedo em um pedaço de memória; tantos fragmentos: confissões, risos, olhares que valiam por discursos inteiros... Sinto que me despedacei também; me transformei em poeira, fui levado pelo vento. Não tenho mais ilusões; eu sei que me perderei outra vez em outro alguém.
Autor: Fulvio Denofre