Fulvio Denofre. Tecnologia do Blogger.
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Devaneio e Poesia

Destino sem rumo sem destino;
caminho perdido caminho
que me leva ao fundo.
Entre olhares,
vago pelo mundo.
Quem sabe, um dia,
eu me aprumo.


setembro 18, 2014 No Comments
Um quarto fechado,
duas portas,
duas possibilidades.
Uma realizar-se-á,
a outra – quem saberá.





setembro 17, 2014 No Comments
Se você considera o passado melhor que o presente,
se você acha que o homem é essencialmente bom,
se você idealiza a mulher perfeita,
se você sacraliza a natureza,
se você sonha com um mundo melhor,
você, infelizmente, é um romântico.



setembro 16, 2014 No Comments
Oh, Estrela matutina,
que tudo descortina,
és minha salvação
ou és minha sina?

setembro 16, 2014 No Comments
Oh, Musetta, quando você se vai
docemente pela vida, sinto em mim
um novo alvorecer, como se a noite,
clara como o dia à sua passagem,
me revelasse algo inominável.
Algo que se esconde no brilho dos seus olhos,
na sua elegante silhueta,
no seu fulgor primaveril.
Algo, portanto, que não sei nem ouso dizer,
mas que permanece na minha memória,
no meu coração, como um etéreo perfume,
mesmo que eu fique vários dias sem lhe ver.

setembro 15, 2014 No Comments
O desespero espera pacientemente, dia após dia, por uma oportunidade. Almeja emergir do profundo oceano do qual foi colocado. Quebrar o equilíbrio instável e racional do qual, muitas vezes, gostamos de nos vangloriar. O terror nos assola a todo instante. Incerto e exasperante, ele está dentro de cada um de nós. Somos todos uma imagem refletida de nossos maiores e mais latentes medos.



setembro 13, 2014 No Comments
Desejo enfim;
satisfeito, por fim;
tédio em mim;
novo desejo – sim!

setembro 12, 2014 No Comments
Se o sol deixasse de brilhar...
Se o mar secasse...
Se o tempo parasse...
Se você nunca mais voltasse...
No entanto,
o sol alegremente nasce todos os dias,
o mar persiste em seu ritmo ondular,
o tempo permanece a devorar,
e você de novo ao meu lado aqui está.

setembro 11, 2014 No Comments
Oh, mar revolto, que tanto me agonia,
e me leva para longe do meu porto,
fazendo-me viver em desconforto,
por que me fazes sofrer noite e dia?

Sou apenas um náufrago da existência
nadando em pensamentos, absorto,
triste, alquebrado, mas não morto,
buscando a minha própria essência.

Por que não me auxilias, Rei do Mar?
Torna para mim os ventos favoráveis,
liberta-me do perigo de afundar!

Netuno: – É muito mais fácil singrar
por rotas conhecidas e memoráveis
do que sozinho um caminho encontrar.


setembro 03, 2014 No Comments
A inexorabilidade do tempo
não posso vencer.
Tudo se oblitera com o passar dos anos,
amores, verdades e tantos desenganos
que tanto nos fizeram sofrer.
No fim, não restará mais nada,
a não ser o vazio preexistente do Cosmos
onde tudo começara.

setembro 03, 2014 No Comments
Culpa!? Por quê?
O que fiz está feito,
nada posso mudar;
o passado é um quebra-cabeças
que tento montar.
Porém, inconscientemente persiste
uma culpa hereditária,
um quê de contrição,
eis a nossa precária condição.



setembro 03, 2014 No Comments
Existo, logo penso:
Sou o fruto dos meus atos!
– O que me define é aquilo que faço.
Tenho a liberdade de viver como quero,
de decidir sobre o que é certo ou errado.
A única coisa que respeito
é a minha própria consciência,
esta, sim, suprema, digna, sagrada.

setembro 02, 2014 No Comments
Coloco-me a depor, ou melhor, decompor, se assim é possível, semelhante personalidade, a começar pelos olhos destinados a vibrar chispas de escárnio, juntamente com o sorriso afável, a tez alva e o rosto diáfano, tudo isso envolto em uma aura de lascividade e ternura indescritíveis. De fato, uma mulher encantadora e cativante, cujo gênio é, e para sempre será, indomável, pois não se pode subjugá-la; ela é a Senhora da situação e a Compositora de sua própria história!


setembro 02, 2014 No Comments
A vida é amiga,
a vida é tirana;
às vezes ensina,
às vezes engana.
***
O tempo não para,
eu devo partir;
um novo caminho
irei descobrir.
***
Aberto ao novo
eu devo estar;
espero um dia
te reencontrar.


setembro 01, 2014 No Comments
Em vão os homens procuram
saciar a sua demente loucura
em prazeres fugazes e vícios
na busca de alguma ventura.
– Chamam isso de felicidade,
e em sua busca fazem a guerra;
cantam, gritam e se exasperam;
vagam desorientados pela Terra
na esperança de encontrá-la.
A certa altura a busca se mostra inútil,
e eles se sentem frustrados, iludidos,
porém, persistem, continuam;
sabem, instintivamente, que
tal renúncia seria a própria extinção.



setembro 01, 2014 No Comments
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