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Conservar é preciso!

Um dos nossos maiores medos na vida é o da deterioração produzida pela ação do tempo. A verdade é que o tempo é cruel, insensível e persistente; obliteração de memórias, esfriamento de sentimentos e enfraquecimento de laços outrora fortes são alguns de seus efeitos mais recorrentes. É certo que, no fim das contas, ele irremediavelmente nos vencerá, mas não devemos por causa disso deixar de combater o bom combate, até o fim. Conservar é preciso! Temos que resistir à frouxidão que aos poucos toma conta de todas as coisas. O ser humano responde sempre a estímulos. Infelizmente, quando todos os estímulos cessam, tudo tende a desaparecer em pouco tempo. Por isso, se queremos que alguém realmente permaneça ao nosso lado, temos que superar o nosso egoísmo e constantemente mostrar a esta pessoa o quanto ela é importante para nós.


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Um pouco mais de poesia

A vida pode ser mais do que isso, mais do que dores e cansaço, mais do que política e descaso. Há de haver um compromisso, uma vontade de fazer diferente, de não ser como toda essa gente que só faz o que é preciso. Está mais do que na hora de vivenciar a poesia, esta  linda ave canora , à luz do dia a dia. E para além das palavras, um aroma doce e suave, uma canção sempiterna e um desejo de encontro.

Relicário

Palavras ao vento, perdidas no tempo; resquícios e relíquias de almas que não se encontram, de vidas que não se cruzam. Palavras de desalento e desencanto, ferinas, amargas, sinônimas de cicatriz, dor e pranto. Palavras sussurradas ao pé do ouvido, com carinho e cuidado, que reverberam nos sedentos corações. Palavras secretas, inconfessáveis, guardadas a sete chaves. Palavras de gratidão e prece, inaudíveis, transcendentes. Palavras e seus significados semânticos e românticos. Palavras: Caos e Silêncio.

Casa vazia

É o fim. É o fim de tudo, eu sei. Quando eu voltar, você não estará mais lá; casa vazia, coração em pranto, e nas mãos o açoite da realidade. Eu me arrastarei por entre cômodos e incômodos, calado, ouvindo palavras que você nunca disse, tentando, em vão, me iludir. Nas estantes, livros cheios de traços e traças; nas paredes, fotografias em preto e branco. As gavetas estarão vazias, a cama estará desarrumada, minha vida, desaprumada. O tempo começará a desmoronar, e eu me sentirei despatriado, perdido dentro de mim, caminhando rumo a lugar nenhum.