O pequeno pássaro voa sobre as
copas das árvores, eleva-se até a estratosfera, abandona esta esfera e pousa na
face oculta da Lua. E, não satisfeito, quer ir adiante. Paira, então, sobre
Marte, brinca nas luas de Júpiter e segue, soturnamente, até os anéis de
Saturno. À beira das fronteiras do Sistema Solar, se vê diante de um vazio
indescritível e aterrador, o que o faz mudar de ideia e voltar para casa.
***
Encontrando abrigo em uma árvore
frondosa, sacode suas asas molhadas pela chuva de verão e contempla o riacho
sereno que, ao que lhe parece, sempre ali existiu.

Comentários
Postar um comentário