No silêncio da tarde, o sol a pôr-se no horizonte, eu me deleito no mistério vespertino e flutuo entre agridoces sensações. O ar está carregado do perfume de flores tardias, e o céu, um alaranjado hipnótico, é um prelúdio para a dança. Neste ócio de verão, eu me perco em devaneios, e o tempo, um rio moroso, me leva para sítios esquecidos. Uma brisa sopra suavemente, e eu sinto o meu coração estremecer; o mundo, um lugar distante, e eu, um sonho que se expande. Inefavelmente, não há nada mais que eu precise além de tua presença, teu convite.
Autor: Fulvio Denofre