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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

A Leveza da Vida

Sinto, isso eu sei, mas o que sinto de fato não sei dizer. Na verdade, gostaria mesmo é de não sentir nada. O peso fatigante das horas pesa sobre mim, e o tédio da vida rotineira me faz querer desaparecer. Talvez não haja saída alguma. Quem sabe o tempo me dê algumas respostas. Ah, nada disso importa neste momento. Pensar reiteradamente nos fardos da vida nunca melhorou muito o meu ânimo, pelo contrário, isso sempre me deixou ainda mais angustiado. Melhor tentar ver o lado bom, ainda que muitas vezes improvável, de tudo aquilo que nos rodeia. A vida não é fácil para ninguém; há tantos sofrimentos e desencontros, tantos males e aflições; o melhor que podemos fazer, então, é viver com sabedoria e serenidade, deixando toda carga desnecessária para trás. A vida pode, sim, ser mais leve, basta a gente querer, querer e lutar, é claro, dia após dia, incansavelmente.


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