Pular para o conteúdo principal

Postagem em destaque

Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

O prazer da leitura

Leio, mas não leio só por ler, como um prazer ensimesmado, ou como fuga de uma realidade desagradável; leio para sonhar melhor, para ultrapassar os limites da estratosfera, para atingir profundezas abissais. Leio sobretudo para ampliar os meus horizontes, para aprender com vivências, reais ou imaginárias, que provavelmente nunca terei a oportunidade de viver, e para poder voltar mais sóbrio e lúcido ao convívio com meus semelhantes. Leio porque ler faz bem à minha alma e ao meu intelecto, porque conheço mundos outros e realidades inimagináveis através da leitura. Leio sem vergonha, leio sem medo, leio as entrelinhas, leio o pretexto e o contexto… Leio porque assim conheço melhor a mim mesmo. Leio porque quero. Leio porque gosto.



Comentários

Compartilhe:

Sugestões para você

Carregando sugestões...