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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Escrito nas estrelas

Mergulho no céu estrelado
e divago sobre mundos desconhecidos,
sobre outras formas de vida
que também sofrem por amor.
Escolho uma estrela,
penso que você ali está, perto e longe,
esperando por mim,
suspirando,
olhando também para uma estrela no céu;
e eu, pobre ser deste planeta distante,
por minha vez, sonho em ser tudo aquilo que você precisa.
Anos-luz... Brilho póstumo...
A distância colossal que nos separa não é nada;
em algum lugar do tempo, eu estou sempre ao seu lado.  


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