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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Imprecisão

Não consigo encontrar a palavra exata,
perfeita, única,
que contenha em si todos os significados,
que expresse o inexprimível,
que resuma tudo o que sinto agora.

Mergulho no silêncio;
medito sobre os limites da linguagem.

Nada do que eu diga ou escreva fará alguma diferença neste momento.
Os meus olhos, o meu corpo, os meus gestos falam por si sós,
e você compreende tão rapidamente cada mínimo detalhe!
Sem trocarmos uma única palavra, alcançamos juntos outro nível de compreensão.



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