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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Língua Portuguesa

Quero tratar-te bem, ó Língua Mãe,
respeitando as tuas regências,
concordando com as tuas concordâncias.
És minha pátria, mátria, és minha vida escrita e falada,
és, no entanto, apenas uma e, ao mesmo tempo, tantas!
Diversa e única! Misto de sonoridades, representações e significados!
Pontuas a minha história,
adjetivas o meu viver;
não sei o que faria sem ti,
por certo, me perderia em um mar de silêncio e caos.
Não posso negar também que, muitas vezes, és crase no meu caminho,
conjugação difícil e infensa,
mas vou, persistente que sou,
a cada dia conhecendo um pouquinho mais de ti.
E não quero mais continuar te chamando de TU,
daqui pra frente é só VOCÊ! 


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