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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Pequenas coisas que fazem toda a diferença

Tudo o que poderia ter dado errado deu errado!
Sabe aqueles dias em que a gente preferiria nem ter saído da cama?
Bem, hoje foi um desses dias.
Atrasos, problemas, palavras amargas...
Estupidez, descaso, descontrole...
O importante é que já são 5 horas – fim de expediente.
Ainda com muita irritação, corro para chegar logo em casa.
No caminho, enquanto espero pelo sinal verde do semáforo,
vejo uma mãe segurando o filho pequeno pela mão;
penso então em outras épocas,
passadas e futuras,
em que o mundo me parece outro.
Tantos universos, tantas vidas e histórias!
Entro em casa e, ao vê-la pequena e sorridente,
já não me preocupo mais com nada;
tudo me parece tão pequeno, tão distante,
sendo que o meu coração agora está tão cheio!   


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