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Vastidões

O silêncio, aos poucos, vai inundando todo o deserto do ser. E o vazio vai preenchendo cada pequena fresta remanescente. Nas entrelinhas, uma obra inteira; nas pausas, por si só, uma canção; e, no espaço entre as partículas, um universo desconhecido. É tudo, a princípio, tão estranho e desconfortável. É como um olhar-se atento no espelho: uma constatação, um desconforto, uma aceitação, uma entrega e, depois, se a coragem resistir, um passo adiante, rumo ao infinito. ✦ Nota de Autor — Vastidões Este poema nasceu de uma experiência silenciosa, daquelas que não pedem explicação, mas exigem presença. “Vastidões” não tenta definir o silêncio, mas caminhar por dentro dele. Há momentos em que a ausência se expande de tal forma que parece ganhar corpo próprio — inundando o que antes era deserto, preenchendo frestas que julgávamos permanentes. Escrevê-lo foi um modo de observar o movimento interior que se inicia com uma constatação simples e avança até uma entrega — não teórica, mas vivida. C...

Amizade e Gratidão

Num acaso divino, total e inexplicável, quando estou com vocês, sinto-me plenamente em casa. Ontem, eu sabia que o meu corpo não aguentaria por muito mais tempo; eu precisava muito de uma boa noite de sono, mas a minha maior vontade era a de ficar mais um pouco com vocês. Já tive vários amigos, alguns até bem próximos, mas foram poucos os que conseguiram amenizar a solidão que continuamente sinto. Encontrar pessoas com quem possamos nos conectar de forma genuína e sincera não é uma tarefa fácil hoje em dia. Acredito que verdadeiras amizades são raras, especiais inclusive. Somos todos seres imperfeitos, pois todos nós temos as nossas falhas, muitas delas bem pouco agradáveis. Apesar de todas as limitações, acredito que podemos, se quisermos, fazer do nosso árido caminho neste mundo algo mais leve e agradável; só precisamos que as pessoas certas estejam ao nosso lado. 


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